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Três falsas crenças populares sobre sustentabilidade e tecnologia de computação em nuvem.

À medida que as empresas colocam a sustentabilidade como uma questão crucial, é necessário desmistificar os equívocos persistentes sobre o consumo de energia das infraestruturas em nuvem.

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Imagem: timmossholder/Pexels

Muitas empresas buscam a sustentabilidade como uma meta, seja por preocupação ambiental ou para melhorar sua reputação e atrair mais interessados. A opção pela computação em nuvem é cada vez mais comum, pois pode reduzir custos e contribuir para resultados positivos em termos ambientais, sociais e de governança, sendo apresentada como uma tecnologia sustentável.

Não leve essa afirmação ao pé da letra. Muitas ideias equivocadas sobre sustentabilidade e computação em nuvem estão incorretas. Vamos desmitificar algumas dessas crenças e examinar as verdadeiras potencialidades da computação em nuvem como uma ferramenta que pode promover a sustentabilidade.

Afirmação equivocada: A computação em nuvem não é necessariamente ecologicamente correta. Embora possa contribuir para a redução do consumo de energia e emissões de carbono, ainda requer energia para operar data centers e manter infraestrutura. Além disso, nem todos os provedores de nuvem utilizam energia renovável ou adotam práticas eficientes em termos de energia.

Você precisa ir além da análise superficial para avaliar a sustentabilidade de um sistema. Por exemplo, ao examinar uma implantação específica de computação em nuvem, é possível constatar que os sistemas locais podem ser mais ecologicamente neutros do que muitas versões públicas de nuvem, dependendo da fonte de energia utilizada. Enquanto algumas implementações de nuvem são alimentadas por energia de carvão, certos sistemas tradicionais em centros de dados corporativos fazem uso de energias renováveis.

Mito #2: Há a crença de que a sustentabilidade depende da quantidade de energia consumida pelas plataformas e infraestrutura dos fornecedores. Isso leva os profissionais, como desenvolvedores, designers de sistemas, arquitetos em nuvem e engenheiros de infraestrutura, a se eximirem da responsabilidade de reduzir as emissões, o que é um problema.

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A eficiência energética das aplicações e sistemas em plataformas de nuvem influencia o consumo de energia. Por exemplo, se compararmos duas aplicações, uma otimizada para eficiência energética e outra não, a primeira pode consumir apenas um quarto da energia da segunda.

As novidades positivas são que diversos processos e ferramentas de desenvolvimento e operações (devops) passaram a integrar avaliações de consumo de energia (que frequentemente estão relacionadas às avaliações de custos) como parte dos programas empresariais de otimização financeira (finops).

Paráfrase: Mito #3: Não cabe apenas ao provedor de serviços em nuvem fornecer uma plataforma e infraestrutura com baixa emissão de carbono. Assim como a segurança, a sustentabilidade é uma responsabilidade compartilhada. Embora o provedor de nuvem tenha influência na forma como consome e gerencia a energia, a empresa usuária deve validar e verificar a sustentabilidade de cada provedor de nuvem e garantir que seus próprios sistemas sejam altamente eficientes em termos de consumo de energia.

Estou impressionado com a quantidade de vezes em que os especialistas em computação em nuvem transferem a responsabilidade pela sustentabilidade para os provedores de serviços em nuvem. Essa abordagem não é a mais adequada. Mesmo que você opte por um provedor de nuvem que se destaque no uso de energias renováveis, a utilização ineficiente dos recursos de nuvem pela sua empresa e a superprovisão desses recursos podem anular os benefícios em termos de sustentabilidade.

Vamos evoluir com o passar do tempo, mas os desafios mais críticos para a nuvem e a sustentabilidade surgem de equívocos frequentes que acabam sendo aceitos como verdades.

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