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Por que a presença de arquitetos e engenheiros especializados em computação em nuvem é necessária?

O uso da inteligência artificial no design e desenvolvimento é empolgante, porém não pode substituir a importância do som, da arquitetura robusta e da engenharia na criação e implementação de soluções em nuvem.

Conceptual image of a team reviewing data/alerts/solutions via a futuristic interface.
Imagem: GernotBra/DepositPhotos

A arquitetura em nuvem é um plano de alto nível que descreve a estrutura e os elementos de um sistema baseado em nuvem, explicando como esses elementos se relacionam e levando em consideração a escalabilidade, disponibilidade, segurança e desempenho. Ela detalha a integração de diversos serviços e recursos em nuvem para atender a requisitos específicos, tanto de negócios quanto técnicos, fornecendo assim um guia para a implantação e organização desses recursos. Em resumo, a arquitetura em nuvem é um plano que define como os recursos em nuvem são implementados e organizados.

A engenharia em nuvem abrange a aplicação prática e realização da estrutura em nuvem. Os profissionais da área são encarregados de edificar, configurar e administrar a infraestrutura e os serviços na nuvem, assegurando sua conformidade com o design arquitetônico proposto, abrangendo diversos aspectos.

Os engenheiros especializados em computação em nuvem são responsáveis por determinar se um sistema é funcional. Em muitos projetos, a tecnologia escolhida pode não ser eficaz, e os engenheiros devem ser capazes de revisar e aprimorar decisões arquitetônicas para alcançar um resultado final otimizado.

A engenharia de nuvem se dedica aos aspectos práticos e técnicos relacionados à implementação e manutenção de ambientes na nuvem. Os profissionais dessa área lidam com ferramentas e tecnologias para instalar aplicativos, maximizar a eficiência dos recursos, automatizar procedimentos e assegurar a confiabilidade e segurança da infraestrutura em nuvem.

Necessitamos de profissionais da arquitetura e da engenharia.

Atualmente, com a prevalência da inteligência artificial generativa na mídia de tecnologia, muitos seguidores deste blog e podcast argumentam que a engenharia já não é essencial. Acreditam que, se a IA pode oferecer grande parte do código exigido, também deveria ser capaz de fornecer a engenharia detalhada necessária. No entanto, essa perspectiva pode ser precipitada.

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Precisamos de uma abordagem colaborativa entre ambas as disciplinas, pois uma não pode funcionar adequadamente sem a outra. Por exemplo, ao projetar sistemas baseados em várias nuvens com diferentes usos e serviços, é essencial ter certificações de engenharia específicas para cada nuvem e serviço. A especialização é fundamental para garantir a precisão dos detalhes. Enquanto os arquitetos de nuvem são responsáveis por desenvolver a arquitetura de segurança, a implementação em cada provedor de nuvem requer um nível de detalhe que os arquitetos geralmente não possuem. Neste sentido, os engenheiros desempenham um papel crucial na construção e implantação dos sistemas, utilizando as melhores práticas e abordagens mais avançadas. Por isso, é comum haver uma proporção de um arquiteto para vários engenheiros, com equipes de implantação que podem variar em tamanho dependendo do projeto em questão.

Qual é a razão da desordem?

Eu estou percebendo que, nos dias atuais, pode haver uma falta de compreensão sobre esse assunto e estou observando erros importantes surgindo à medida que nos envolvemos cada vez mais em serviços de nuvem que utilizam inteligência artificial generativa.

Muitas pessoas consideram as tarefas de engenharia como a etapa mais simples do processo de migração para a nuvem. Acreditam que, se o arquiteto de nuvem for competente, a configuração irá funcionar sem problemas, bastando apenas utilizar ferramentas de inteligência artificial confiáveis para realizar a implantação.

Alguns negócios estão cometendo o erro de contratar engenheiros específicos em vez de considerar a contratação de arquitetos em nuvem. Eles optam por uma determinada plataforma em nuvem e contratam engenheiros especializados nessa plataforma, sem se preocupar com a arquitetura geral do sistema. Como resultado, essas empresas podem enfrentar problemas e custos operacionais muito mais altos. Em resumo, ao não considerarem a arquitetura e o papel de arquitetos em nuvem, essas empresas acabam com uma arquitetura subotimizada.

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A inteligência artificial não pode substituir a necessidade de uma boa arquitetura e de disciplinas de engenharia sólidas. Ambas são essenciais, especialmente diante das complexidades da inteligência artificial generativa, que estão se tornando cada vez mais importantes. Muitas vezes, fico surpreso ao perceber que ainda há confusão em relação a esse conceito. Aqueles que não compreendem a importância de estabelecer rigor nas configurações do sistema e nas capacidades de implantação, independentemente de ser na nuvem ou não, provavelmente estão caminhando para uma solução final que não agrega valor ao negócio, mas sim o retira. Esse cenário pode ser evitado.

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